Quando alugamos a casa onde funciona a nossa escola, ficamos encantadas com o abacateiro que existia bem no meio do pátio. Uma grande e linda árvore, majestosa, que sombreava parte do nosso jardim. Num dos cantos do canteiro encostada no muro encontrei dias depois uma vara longa de bambu que terminava com uma espécie de balaio. Não me dei conta da utilidade daquela peça e joguei fora. Até hoje me arrependo de ato tão irresponsável, não imaginei a falta que nos faria nesses anos todos, para a colheita dos abacates. Estamos nessa casa há nove anos e três meses por ano, nos meses de junho, julho e agosto é o período em que perdemos no mínimo umas cinco telhas daquelas bem grandes de Brazilite que cobre o refeitório e mais as menores das salas de aula. É a época em que o nosso abacateiro dá frutos. São uns abacates grandes que quando caem fazem um estrago enorme. Até o ano passado tínhamos um rapaz que nessa época subia nos galhos mais altos e jogava para baixo os abacates que eram amparados pelas professoras com uma lona. A colheita todos os anos é enorme, dividimos entre alunos e professores e ainda é a nossa sobremesa obrigatória por dias. São deliciosos, doces e macios. Não somos só nós que saboreamos os doces frutos, a arvore por dias recebe a visita de pássaros diversos, principalmente dos periquitos que lotam os galhos em grande algazarra. Este ano estamos com dificuldade em realizar a colheita antecipada antes que os frutos caiam. O rapaz que fazia esse serviço não veio e até o ultimo dia de aula, tínhamos já duas telhas quebradas e como entramos de férias, nenhuma outra providencia foi tomada. Teremos que esperar a volta às aulas para levantarmos os estragos certos.
Podamos o abacateiro várias vezes na esperança de diminuir a colheita, mas em pouco tempo ele cresce e fica cheio de flores e frutos.
Podamos o abacateiro várias vezes na esperança de diminuir a colheita, mas em pouco tempo ele cresce e fica cheio de flores e frutos.
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